O papel da mulher na estrutura organizacional no assentamento 30 de outubro em campos novos (sc-br)aspectos econômicos e sócio culturais na cooperativa de produção agropecuária 30 de outubro
- TÂNIA MARIA DOS SANTOS, NODARI
- Rosalía Martínez-García Directora
Universidad de defensa: Universidad Pablo de Olavide
Fecha de defensa: 18 de enero de 2012
- Eliane Salete Filippim Presidente/a
- Antonio Gumersindo Caballero Gómez Secretario
- Josias Ricardo Hack Vocal
- Jesús Sabariego Vocal
- Maria Ângela Silveira Paulilo Vocal
Tipo: Tesis
Resumen
NODARI, Tânia Maria dos Santos. O papel da mulher na estrutura organizacional no Assentamento 30 de Outubro em Campos Novos (SC-BR): aspectos econômicos e socioculturais na Cooperativa de produção Agropecuária 30 de Outubro. 2011. Tese (doutorado). Programa de Doctorado en Economía, trabajo, producción: claves históricas y teóricas de la distribución de la riqueza en la población femenina. Departamento de Ciencias Sociales. Universidade Pablo de Olavide de Sevilla. Sevilha, Espanha. A participação da mulher no trabalho não se constitui fato recente, pois ela esteve presente desde a era primitiva nas atividades domésticas, no cuidado com os pequenos animais, na agricultura, na manufatura têxtil, enfim, o que muda com o passar dos séculos são as características deste trabalho. Em se tratando do trabalho na agricultura, as mulheres continuam conciliando as atividades consideradas como ajuda, ou seja, trabalho considerado não produtivo, invisível, juntamente com os afazeres domésticos. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo analisar o papel desempenhado pelas mulheres na estrutura social, política e econômica da Cooperativa de Produção Agropecuária 30 de Outubro, localizada em Campos Novos, Santa Catarina, Brasil. Esta Cooperativa faz parte do Assentamento 30 de Outubro, que surgiu em virtude das mobilizações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Este movimento surgiu no Brasil na década de 1970 e consolidou-se na década de 1980, tornando-se um movimento social de caráter popular que tem a luta pela terra como principal objetivo. Dessa forma, por meio das ocupações, acampamentos e formação dos assentamentos o movimento cresceu defendendo mudanças sociais, políticas e econômicas na sociedade, incluindo as questões relacionadas a gênero. Em relação aos procedimentos metodológicos, optou-se pela abordagem qualitativa, por ser mais adequada às ciências sociais e porque descreve a complexidade do comportamento humano. Como método utilizou-se um estudo de caso, como coleta de dados primários optou-se por observação, entrevistas, diário de campo e para as fontes secundárias pesquisa bibliográfica e documental. A Cooperativa de Produção Agropecuária em abril de 2007 era formada por 23 pessoas; 11 destas estavam liberadas para atuarem em outras funções. Foram entrevistadas em profundidade nove mulheres e quatro homens. Para o processo de análise dos dados utilizou o Software Sphink. O instrumento de pesquisa foi composto por questões abertas e fechadas, abordando três eixos/categorias, sendo eles: aspectos sobre a organização social do Assentamento; aspectos econômicos, sociopolíticos e de organização do trabalho e aspectos culturais: valores, atitudes e comportamentos. Os resultados apontam que na Cooperativa em questão as mulheres participam ativamente do trabalho produtivo da CPA, ao mesmo tempo que desempenham os afazeres domésticos e o cuidado com os filhos. Também, pode-se perceber que elas participam das reuniões opinando sobre o planejamento e as decisões da Cooperativa. Pode-se concluir que apesar dos avanços sobre a atuação da mulher no MST, que inclusive possui o setor de gênero, efetivamente, em relação às mulheres, ainda existem alguns espaços a serem ocupados. Também se conclui que a CPA não seria viável social e economicamente sem a participação das mulheres. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Assentamentos. Cooperativismo. Gênero. Agricultura familiar. Mulher e Trabalho.