Relação entre aptidão física funcional, risco cardiovascular, actividade do sistema nervoso autónomo e qualidade de vida relacionada com a saúde em mulheres idosas sedentárias

  1. Ribeiro Pires, Carla Sofía
Dirigida por:
  1. Francisco de Borja Sañudo Corrales Director/a
  2. Armando Manuel Mendonça Raimunido Director/a

Universidad de defensa: Universidad de Sevilla

Fecha de defensa: 27 de febrero de 2015

Tribunal:
  1. Francisco Pradas de la Fuente Presidente/a
  2. Jesús del Pozo Cruz Secretario
  3. Maria Joana Mesquita Cruz Barbosa Vocal
  4. Catarina Lino Neto Pereira Vocal
  5. Pablo Tomás Carús Vocal

Tipo: Tesis

Teseo: 374762 DIALNET lock_openIdus editor

Resumen

Objetivo: Caracterizar a população idosa feminina do barlavento algarvio no que diz respeito à aptidão física funcional, níveis de AF, funcionamento do sistema nervoso autónomo e QVRS, e determinar as associações entre estas variáveis. Método: Estudo observacional, descritivo, analítico e transversal. Integraram a amostra 422 mulheres idosas (75.51±7.37 anos) sedentárias residentes na zona do barlavento algarvio. Avaliaram-se os parâmetros da aptidão física funcional, índice de massa corporal (IMC), perímetro da cintura (PC), níveis de força (dinamometria) e aptidão aeróbia (teste 6 minutos a andar), o nível de actividade física (questionário de Baecke modificado), a variabilidade da frequência cardíaca (Firstbeat BodyGuard) e a qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS) (questionário Medical Outcomes Study 36 Item Short-Form Health Survey). Resultados: A média do IMC correspondente à classificação de excesso de peso (27.45±4.25 Kg/m2) e a média do PC à classificação de risco cardiovascular alto (89.57±10.18 cm). Os valores de força de preensão palmar (FPP) são de 17.32±4.98 para a mão direita e 16.52±4.61 para a mão esquerda. No teste de 6 minutos a andar percorreram em média 352.91±167.88 metros, e a maior parte da população encontra-se no tercil de nível de AF baixo (¿ 2.59; N=395). Os valores de VFC apontam para baixa actividade do sistema nervoso autónomo (SNA) simpático (LF = 0.06±0.03 Hz; SDNN=113.54±668.54 ms), e para actividade do SNA parassimpático um pouco mais alta (HF=0.27±0.08 Hz; rMSSD=57.61±99.38 ms; PNN50=13.54±22.72 %). Verificaram-se diferenças significativas entre os indivíduos com peso normal ou excesso de peso e os obesos na função física (p=0.020; ¿2=0.023), dor corporal (p=0.000; ¿2=0.051), saúde geral (p=0.007; ¿2=0.003) e vitalidade (p=0.002; ¿2=0.034), componente física (p=0.001; ¿2=0.002), e entre os indivíduos com menor ou maior risco cardiovascular no desempenho físico (p=0.020; ¿2=0.001), dor corporal (p=0.000; ¿2=0.042), vitalidade (p=0.003; ¿2=0.021), na função social (p=0.023; ¿2=0.017), componente física (p=0.001; ¿2=0.001) e componente mental (p=0.010; ¿2=0.000). As relações mais forte do estudo verificam-se entre o teste 6 minutos e a dimensão função física na amostra geral (r=0.684), no subgrupo PN (r=0.700), no subgrupo EP (r=0.606), no subgrupo OBES (r=0.735), no subgrupo menor risco CV (r=0.722), e no subgrupo maio risco CV (r=0.645). Conclusões: A população em estudo apresenta níveis de aptidão física funcional, AF e QVRS baixos. Ter mais peso ou PC mais largo implica pior QVRS. No entanto, a classificação do IMC ou do risco CV, não condicionam a generalidade das relações da aptidão física funcional e do nível de AF com todas as dimensões da QVRS, sendo de destacar a dimensão função social por ser a única que se relaciona apenas com o nível de AF independentemente da classificação do IMC ou do risco CV. Os resultados por subgrupo de nível de AF são inconclusivos.